quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Pensamento de S. Vicente Pallotti

Se não tivesse havido pecado no mundo, Deus seria simplesmente amor. Mas, como houve pecado no mundo, o amor de Deus transformou-se em misericórdia e misericórdia infinita. A misericórdia é o amor feito perdão.
A misericórdia de Deus manifestou-se em não ter abandonado o homem pecador, mas em tê-lo salvado. A misericórdia de Deus manifestou-se no envio de seu Filho salvador do mundo (Jo 3,16s).

Um comentário:

  1. A misericórdia é o amor feito perdão.

    Essa frase, para nós que acolhemos a devoção à Divina Misericórdia, deve nos acompanhar a cada dia. Não há como viver essa devoção se não exercitarmos o perdão. Ele deve ser algo constante para nós. Deixo aqui um texto que fala sobre o perdão desejando que nos ajude a compreender melhor a importância de perdoar e de pedir perdão ao irmão.


    O Perdão

    Quando se vai por uma estrada, frequentemente, se encontra o seguinte letreiro: "Ponte em construção. Desculpe o transtorno que isto lhe ocasiona".

    Na escola do discipulado não há gente santa e perfeita. Todos estamos em construção e molestamos aqueles que estão próximos. Por essa razão, perdoar é o pão de cada dia. Jesus nos equipou com esta ferramenta para sermos capazes de viver no meio de pessoas limitadas e frágeis.

    O perdão leva consigo uma força intrínseca: é capaz de transformar as pessoas. Quando condenamos, condicionamos. Quer dizer, o nosso julgamento determina à pessoa que não mude. Mas, quando perdoamos, liberamos. Damos à pessoa a confiança para que troque o que deve ser transformado.

    O perdão deve reunir certas características:

    Há que se conceder de coração (Mt 18,35), ou seja, com Misericórdia. Ser perfeito como o Pai celestial é perfeito (Mt 5,48), outra coisa não é do que "ser misericordioso como Deus é misericordioso" (Lc 6, 36).

    Mesmo que a outra pessoa não peça perdão (Mt 6, 12), não perdoar causa mais dano a quem odeia, do que à pessoa odiada. Perdoar não é perder: pelo contrário, ganha-se a liberdade.

    Há que ser sem limites: setenta vezes sete (Mt 18, 22). Por esta razão, discípulo que guarda ressentimentos de seu irmão e não o perdoa é, pelo menos, uma grande contradição de termos. Por outro lado, nós também ofendemos os nossos irmãos, pelo que temos que estar sempre disponíveis para pedir perdão. Se assim não procedermos, se abre uma brecha intransponível na nossa relação com Deus.

    Jesus advertiu, claramente, que Deus não aceita as ofertas daqueles que, antes, não se reconciliarem com seu irmão. Portanto, é melhor deixar a oferenda sobre o altar e, primeiro, voltar ao irmão para restabelecer a paz. Não se trata só de pedir perdão a quem temos consciência de ter ofendido. Jesus estabelece o ponto de apoio noutro lugar: "se teu irmão tem algo contra ti". Quer dizer, havemos de pedir perdão àquele que sinta que o ofendemos, mesmo que nós encontremos mil justificativas de não o ter feito.

    A grande força que nós cristãos temos para transformar o mundo é o poder do perdão já que este reconstrói a pessoa, supera abismos e possibilita o impossível. Perdoar é sinônimo de libertar. Ao perdoar somos livres e libertamos o irmão. A condenação condiciona enquanto que o perdão capacita para o melhoramento.

    Todos somos pontes em construção que necessitamos do ponto de apoio do perdão para continuar adiante nosso processo de sermos como o Mestre.

    São Vicente Pallotti, rogai por nós!
    Zandra

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