quinta-feira, 12 de março de 2009

Última tábua de salvação

"Estou dando à humanidade a última tábua de salvação, isto é, o refúgio na Minha Misericórdia" (Diário 998).
Jesus Misericordioso por algumas vezes no Diário de Santa Faustina fala que a Misericórdia é a última tábua de salvação que ele oferece à humanidade. Se prestarmos de fato atençao à devoão à Divina Misericórdia, veremos como nos indica o próprio quadro de Jesus Misericordioso que ela nos indica a necessidade de confiarmos plenamente em Jesus. De fato, esta é a frase que podemos ler aos pés de Jesus Misericordioso: "Jesus, eu confio em Vós!" Esta confiança nos leva a perceber que a nossa salvação não depende somente dos nossos esforços, mas ela é uma vem exclusivamente de Deus como nos afirma o Catecismo da Igreja Católica em dois parágrafos: "A salvação vem exclusivamente de Deus..." (CIC 169). "Nossa salvação deriva da iniciativa do amor de Deus para conosco, pois 'foi Ele quem nos amou e enviou seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados" (1Jo 4,10). "Foi Deus que em Cristo reconciliou o mundo consigo" (2Cor 5,19).
Então nossa salvação é iniciativa amorosa de Deus. Confiando nele poderemos nos salvar. Mas, não podemos nos esquecer que a confiança é acompanhada da necessidade da prática das obras de misericórdia. É disso que Jesus fala quando no Diário 742 repete: Esta Imagem... deve lembrar as exigências da Minha Misericórdia, porque mesmo a fé mais forte de nada serve sem as obras. Disso nos fala também Jesus em Mt 25,31-46 que trata do juízo final. Ali o Senhor nos diz que seremos julgados se praticarmos ou deixarmos de praticar a Misericórdia: Se dermos - ou deixamos de dar - de comer a quem tem fome, de beber a quem tem sede, de vestir os nus, de acolher os peregrinos, de visitar os presos e os doentes, etc... Jesus sintetiza de forma direta: "O que fizerdes - ou deixastes de fazer - ao menor dos meus irmãos, a mim o fizestes - ou deixastes de fazer". Dependendo da postura que tivermos ouviremos: "Vinde benditos de meu Pai, para o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo."; ou, "Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno preparado para o diabo e para os seus anjos".
A Misericórdia é assim de fato nossa última tábua de salvação. Se decidirmos percorrer este caminho Deus nos concederá o céu. Senão...
Pe. Antônio Aguiar

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sede misericordiosos

"Sede misericordiosos como vosso Pai do céu é misericordioso". (Lc 6,36)
Como vosso Pai é misericordioso. Como é que nosso Pai é misericordioso?
O Pai não julga: "Não julgueis e não sereis julgados" (v. 37). Basta olharmos para a calorosa acolhida que ele reserva ao filho pródigo quando este retorna à casa e quando questiona pelo filho mais velho porque fizera festa para o que retornara responde: "Era preciso festejar pois ele estava perdido e foi reencontrado".(Lc 15,32)
O Pai não condena: "Não condeneis e não sereis condenados" (v. 37). Olhando para a forma como o Pai administra o diálogo com o filho mais velho observamos que ele se isenta de expressar qualquer forma de condenação: "Seu pai saiu para suplicar-lhe. Ele, porém, respondeu a seu pai 'Há tantos anos que te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho, que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!" Mas o pai lhe disse "Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois esse teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!" (Lc 15,28-32)
O Pai perdoa: "Perdoai e sereis perdoados". (v. 37) Está é a atitude do pai: ele perdoa. Podemos ver na atitude do pai que quando viu o filho, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.(Lc 15,20)
Dai e vos será dado: Esta é a atitude do Pai que está sempre concedendo-nos o necessário para vivermos. Aqui entram as obras de misericórdia corporais pelas quais imitamos o Pai: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, enterrar os mortos e acolher os peregrinos. Damos de comer pois recebemos de comer do Pai, damos de beber pois recebemos dele a água para beber, vestimos os nus pois recebemos dele as vestes, etc...
Peçamos ao Senhor que os homens vejam em nós os traços do Pai.
Pe. Antônio Aguiar