Hoje a Liturgia celebra o 33º Domingo do Tempo Comum, de modo que se aproxima o Advento. Com isso, a liturgia nos vai falando da segunda vinda de Jesus, de modo a nos ajudar a viver bem este tempo. É o que podemos ver no Evangelho deste domingo: "Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória!" (Mc 13,24-32)
Esta é a nossa esperança. Dela nos alimentamos, dela vivemos a ponto de as últimas palavras da Bíblia no Apocalipses serem estas: "Maranatha!" "Vem, Senhor Jesus!" E de diariamente na Liturgia, a Igreja pelo menos em dois momentos nos lembrar desta verdade da nossa fé. Após a consagração, quando rezamos: "Anunciamos, Senhor a vossa morte e proclamamos a vossa Ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!" Ou após a oração do Pai Nosso, quando o Padre diz uma oração que termina assim: "...Enquanto vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador!"
Dela também nos alimenta a devoção à Divina Misericórdia, pois, Jesus Misericordioso é bem claro quando diz que a Misericórdia é a última tábua de salvação que ele oferece à humanidade, de modo que duas das cinco pedrinhas que ele revelou a Santa Faustina para nós tem este objetivo:
Terço da Misericórdia: "Recita, sem cessar este Terço que te ensinei... Os sacerdotes o recomendarão aos pecadores como a última tábua de salvação". (Diário 687)
Festa da Misericórdia: "As almas se perdem, apesar da minha amarga paixão. Estou lhes dando a última tábua de salvação, isto é, a Festa da Misericórdia" (Diário 965).
Agora, o que acontecerá naquele dia?
A primeira leitura nos responde: "Muitos dos que dormem no pó da terra despertarão: uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno (inferno)." (Dn 12,1-3)
Os que já morrerão despertarão e aí haverá o julgamento eterno. Como será, Mt 25,31-46 nos dá idéia, onde inclusive as perguntas que nos serão feitas naquele momento, nos indicam que tem a ver com a Misericórdia: "Estava com fome e me deste de comer, com sede e me destes de beber... O que fizestes (ou deixastes de fazer) ao menor dos meus irmãos, a mim o fizestes (ou deixastes de fazer)".
A seguir, nos diz a segunda leitura: "Não lhes resta mais senão até que os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés". (Hb 10,11-14.18). Ap 20,11-13: "Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono. Foram abertos livros, e mais um outro livro ainda: o livro da vida. Então foram julgados os mortos, de acordo com sua conduta, conforme está escrito nos livros. O mar devolveu os mortos que nele se encontravam. A Morte e a Morada dos mortos entregaram de volta os seus mortos. E cada um foi julgado conforme sua conduta. A Morte e a Morada dos mortos foram então atirados no lago de fogo. Esta é a segunda morte: o lago de fogo".
Por fim, não pensemos que estes dias estejam distantes. No final do Evangelho de hoje, Jesus diz: "Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai". Mas, este mesmo Jesus nos alerta através da passagem do Diário 965: "Fala ao mundo da minha insondável Misericórdia, pois está próximo o dia da minha justiça".
Concluindo: Nosso remédio é um só: a Misericórdia de Deus. Vale a pena relembrar as palavras de Jesus Misericordioso: "Se não venerarem a Minha Misericórdia, perecerão por toda a eternidade". (Diário 965)
Padre Antônio Aguiar