terça-feira, 13 de julho de 2010

Retorno...

Amados, chegando da Peregrinação desejo partilhar convosco algumas das experiências pelas quais o Senhor me concedeu. Hoje gostaria de falar do encontro com duas figuras sacerdotais, dois homens de Deus, dois santos com quem o Senhor me concedeu a graça de encontrar durante a mesma: o Servo de Deus Pe. José Kentenich – Fundador do Movimento Apostólico de Shoenstatt e São João Bosco – Fundador da Família Salesiana.
Em Shoenstatt tivemos a oportunidade de participarmos dos cem anos de ordenação sacerdotal do Pe. José Kentenich. A seguir, fomos visitar o tumulo do mesmo em cima do Monte Shoenstatt. Ali orientados pela Irmã Isabel – uma Irmã de Maria de Shoenstatt, tivemos a oportunidade de acompanhar os últimos momentos do Fundador da Obra nesta terra. Depois, todo o grupo e cada pessoa teve a oportunidade de permanecer em oração diante do tumulo do servo de Deus. Posso testemunhar que ali, naquele lugar, naquele momento o céu tocou a terra. Não tenho a menor duvida quanto a isso. Pude conversar longamente com o Pe. Kentenich sobre meu sacerdócio, sobre a Obra que Deus me confiou, pude pedir-lhe que intercedesse junto a Jesus por mim e por cada um de vocês.
Em Turim, onde fomos visitar e conhecer o Santuário de Maria Auxiliadora e o corpo de São João Bosco, aproveitamos para conhecer o lugar onde Deus suscitou por meio deste Santo a Obra Salesiana. Passamos pela casa, quartos, dependências onde o santo viveu. Pudemos rezar na Capela onde ele celebrava a Santa Missa para as suas crianças. De modo particular, fiquei impressionado por três coisas que trouxe comigo daquele lugar:
1ª: Uma frase que estava escrito em um quadro no quarto de Dom Bosco: “Uma única coisa: a salvação da minha alma”. Ao ler esta frase senti um profundo remexer interior, foi como se eu fosse invadido por uma presença profunda de Deus em meu coração. No mesmo instante senti necessidade de correr para a Capela mais próxima para rezar sobre a mesma. O que fiz depois. Senti que nada é mais importante que isso: que eu me preocupe com a minha salvação pessoal. Dentro deste mesmo contexto uma frase que estava descrito debaixo de uma foto de São Domingos Sávio: “Dai-me almas!” A minha segunda preocupação deve ser ocupar-me com a salvação das almas dos outros.
2ª: Impressionou-me a presença constante de Nossa Senhora em todos os lugares: no quarto, nos altares onde o Santo celebrava era sempre a Imagem de Maria que estava sobre o mesmo, na Capela, etc...
3ª: A Eucaristia era o centro da vida de Dom Bosco. Li isso em seus escritos que se encontravam em exposição. Seu dia começava e terminava com a celebração da Santa Missa.
Senti que deveria trazer estas realidades para a minha vida pessoal. Partilho com você isso para que você possa ter também estas preocupações: salvar a sua alma, dedicar-se à salvar a alma do próximo; ter sempre a Virgem Maria na sua vida e ter a Eucaristias como centro do seu dia: tudo começar com ela e tudo terminar com ela.
Pe. Antônio Aguiar

O segredo de confissão

Durante a Peregrinação, quando estávamos em Praga - Capital da República Tcheca - durante a visita ao centro histórico, a guia nos contou a história de um Santo tcheco: São João Nepomuceno, que era confessor da Rainha. A guia disse: "Dia uma lenda que ele morreu porque o rei quis saber os segredos da Rainha e pediu a São João Nepomuceno que revelasse ao mesmo tais segredos. Como o Santo se negasse, o rei mandou amarrar-lhe as mãos, colocou-o em um cesto com pedras e jogou no rio Vistula. Ele morreu martir desta forma."
Na mesma hora reagi: "Pode ser uma lenda pra senhora, mas não pra nós católicos. Pois para nós, ele morreu para defender o segredo de confissão". Ele não podia nem quis revelar o segredo de confissão e morreu mártir em virtude disso. São João Nepomuceno morreu mártir cumprindo seu dever sacerdotal. Quando olhamos para o exemplo de homens como esse ai sim nossa fé aumenta.
Pe. Antônio Aguiar