"Sede misericordiosos como vosso Pai do céu é misericordioso". (Lc 6,36)
Como vosso Pai é misericordioso. Como é que nosso Pai é misericordioso?
O Pai não julga: "Não julgueis e não sereis julgados" (v. 37). Basta olharmos para a calorosa acolhida que ele reserva ao filho pródigo quando este retorna à casa e quando questiona pelo filho mais velho porque fizera festa para o que retornara responde: "Era preciso festejar pois ele estava perdido e foi reencontrado".(Lc 15,32)
O Pai não condena: "Não condeneis e não sereis condenados" (v. 37). Olhando para a forma como o Pai administra o diálogo com o filho mais velho observamos que ele se isenta de expressar qualquer forma de condenação: "Seu pai saiu para suplicar-lhe. Ele, porém, respondeu a seu pai 'Há tantos anos que te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho, que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!" Mas o pai lhe disse "Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois esse teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!" (Lc 15,28-32)
O Pai perdoa: "Perdoai e sereis perdoados". (v. 37) Está é a atitude do pai: ele perdoa. Podemos ver na atitude do pai que quando viu o filho, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.(Lc 15,20)
Dai e vos será dado: Esta é a atitude do Pai que está sempre concedendo-nos o necessário para vivermos. Aqui entram as obras de misericórdia corporais pelas quais imitamos o Pai: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, enterrar os mortos e acolher os peregrinos. Damos de comer pois recebemos de comer do Pai, damos de beber pois recebemos dele a água para beber, vestimos os nus pois recebemos dele as vestes, etc...
Peçamos ao Senhor que os homens vejam em nós os traços do Pai.
Pe. Antônio Aguiar
segunda-feira, 9 de março de 2009
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