Sabemos que nossa natureza está muito afetada pelo pecado de tal modo que São Paulo fala que muitas vezes queremos fazer o bem, mas acabamos fazendo o mal que não queremos. Ele fala assim para descrever esta luta que se trava em nosso interior, contra as tendências da nossa natureza
Assim também facilmente nos deixamos guiar por critérios de simpatia ou antipatia, por afinidades ou por falta de afinidade, me posso deixar guiar pelos sentimentos que podem nos levar a querer estarmos somente perto de quem gostamos e a evitarmos quem não temos tanta empatia. O que fazer nestes momentos? Isso pode me impedir de viver a Misericórdia que Jesus espera que cada um de nós viva. Pois a sua palavra é muito clara: “O que fizerdes ao menor dos meus irmãos, é a mim que você faz.”
Posso simplesmente não querer me relacionar com alguém simplesmente pelo fato de não gostar dela? Posso querer evitar falar com outro simplesmente pelo fato de não simpatizar com ela? Posso ignorar uma outra pessoa simplesmente por ela não ser aquilo que eu gostaria que ela fosse? Por pensar diferente de mim, por agir diferente de mim? O que fazer nestas situações? Jesus diz que eu preciso agir contra as tendências da minha natureza. Eu preciso ir ao encontro destas pessoas. Há segundo a teologia espiritual uma forma de se combater o pecado: praticando uma virtude contraria ao mesmo.
Minha natureza não quer falar com aquela pessoa? Forço a minha natureza a falar com ela. Desejo ignorar aquela outra? Então é exatamente aí que eu devo procurá-la, procurar estar com ela dando possibilidade a ela de conviver comigo. Não gosto daquela outra e desejaria não estar com ela? Vou fazer exatamente o oposto do que pede a minha natureza. E fazendo isso, estarei vivendo a misericórdia.
Pe. Antônio Aguiar
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário