quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quem não se desapegar

O Evangelho do dia de hoje diz: .
Apego. Tenho refletido sobre o quanto Jesus foi desapegado, ao ponto de nao conservar nem mesmo aquilo a que tinha mais direito: àquilo que estava dentro do seu coração. Quis partilhar com a humanidade o que ele tinha de melhor dentro de si: .
Infelizmente o apego ainda é o costume mais enraizado do ser humano, apesar de o desapego ser a principal alavanca para o progresso espiritual.
Passando de geração em geração, quase todos entendem o apego como um ato de amor.Contudo, o verdadeiro amor é exatamente o oposto. O falso amor, o amor-apego, aprisiona. O verdadeiro amor, o amor-desapego, liberta. Este é o amor que Deus tem por nós e nos estimula a buscar.
Todo recém-nascido necessita de cuidados especiais. Assim também no reino animal os pais têm extremo cuidado com seus filhotes.Porém, neste quesito eles estão mais evoluídos que os seres humanos, pois sabem o momento certo de deixar o apego e conceder liberdade aos filhotes para seguirem suas vidas livremente. Não conhecem o apego aprisionador tão típico do ser humano, que erradamente chamamos de amor.
Os dois seres mais amorosos deste planeta deram provas inequívocas de desapego. O amor limitado é típico dos egoístas, que só buscam receber e muito pouco a oferecer. O amor ilimitado, expansivo, que procura beneficiar toda a humanidade e todos os reinos da natureza foi e é vivido por poucos. Jesus é um exemplo notavel quanto a isso. Peçamos a ele de que Ele seja para nós o único necessário.
Padre Antônio Aguiar

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