sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Hora da Misericórdia

Hoje - 31 de dezembro - na Hora da Misericórdia me recolhi na Capela e fui rezar o Terço da Misericordia. Abri o Diário e a passagem que me foi dada foi o numero 1452. Da mesma quero deixar pra voce este trecho: "Será condenada apenas a alma que quiser; porque Deus não condena a ninguém".
Feliz 2011.
Pe. Antônio Aguiar

Um comentário:

  1. Que bom, Padre Antônio, o senhor ter deixado esse trecho da passagem que lhe foi dada em momento de oração. Ao refletir sobre ele, percebi que, apesar de pequeno em sua estrutura, é grande em seu conteúdo. Nos leva a confiar cada vez mais em Deus diante de tanto amor e Misericórdia que nos é revelado através dele.

    "Será condenada apenas a alma que quiser; porque Deus não condena a ninguém".

    ..."porque Deus não condena a ninguém".

    As palavras de Jesus dirigidas à mulher adúltera nos confirma isso: "Ninguém te condenou? Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar". (Jo 8)
    E ao olharmos para a imagem de Jesus Misericordioso vemos que Ele vem ao nosso encontro, dá passos em nossa direção, não está parado esperando por nós. Nós é que nos afastamos, damos as costas a Ele, damos passos em sentido contrário.
    Se observarmos a Sua mão, podemos perceber que Ele não aponta o dedo para nós, não nos aponta os nossos erros, não nos acusa. Ao contrário, nos abençoa, nos dá a Sua paz e nos estende a mão para que, com Ele, possamos caminhar, em busca da santidade, no caminho que nos leva a Deus. Aponta, sim, mas para a Sua chaga como que quisesse nos mostrar, nos lembrar que foi por nós e que para nós encontra-se aberto o Seu coração disposto a envolver as nossas misérias e lavá-las com a água que jorra da fonte da Misericórdia. Fonte de perdão que nos lava e nos dá vida nova.
    Sendo assim, se vem ao nosso encontro e não nos aponta os erros é porque não nos julga e, se não nos julga, não nos condena.

    "Será condenada apenas a alma que quiser".

    Aquela que se afasta por não querer renunciar ao pecado, por não se esforçar para combatê-lo já que, para isso, é preciso luta diária. Muitas vezes, o pecado nos envergonha de uma tal forma que nos achamos indignos do perdão, nós mesmos nos condenamos e nos afastamos, cada vez mais, da fonte do perdão. Outras vezes, caimos com tanta frequência, com tanta facilidade nos mesmos erros que achamos que não vamos mudar, temos vergonha até de nos confessar e continuamos nos condenando. Achamos que viver a santidade é impossível para nós.

    Mas, afinal, o que é ser santo? Se ser santo é viver de acordo com a vontade de Deus, então, santidade é muito mais que ausência de pecado; é presença de luta. É o cair e levantar. Levantar quantas vezes forem necessárias e recomeçar.

    Obrigada, Senhor, pelo que o Senhor é. Esse Deus de amor incondicional que acredita e espera, com paciência, por nós e que, apesar de nossas misérias, não nos julga e não nos condena!

    Consciente de que tudo receio da minha fraqueza, mas tudo espero da Vossa Misericórdia... Jesus, eu confio em Vós!

    Sua bênção.
    Zandra

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