Tenho tido a graça de conviver e de acompanhar casais. Tenho aprendido muita coisa. Uma delas é que o matrimônio é uma escola onde pode se aprender a Misericórdia. A vida tem me ensinado que toda convivência com pessoas faz com que eu possa me encontrar com as suas fraquezas, com os seus limites. Tenho percebido que somente depois de você conviver com a pessoa debaixo do mesmo teto, é que você passa a conhecer o outro na verdade dele mesmo, a saber como ele é. Aí, você não tem para onde fugir, quando você descobre que aquele com quem você se casou não é tão bonita quanto você pensava como era, quando você se confronta com a verdadeira realidade do outro e aí pode se surpreender. E a surpresa pode não ser tão agradável quanto a que você vê. Neste caso, o que fazer?
Você pode querer aprender a lidar com o outro, ou você pode querer fugir do outro, querer não encarar esta realidade do matrimônio, pois você não se sente preparado para lidar com ela. O que fazer? Fugir, fazer as malas e voltar pra casa, pois tenho o direito de ser feliz e o outro é um obstáculo a isso, ou buscar conversar com ele, buscar viver a misericórdia com ele e assim aprender a administrar as situações que Deus vai permitindo que apareçam para que possamos crescer juntos enquanto esposo e esposa?
Boa parte opta por fugir. Tenho entendido que as promessas matrimoniais realizadas perante o altar: amar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da vida para muitos nada representam. Mas, para quem deseja fazer do matrimônio uma escola de santidade então a pessoa vai descobrir como São Paulo que o amor é paciente, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. E vai entender que o matrimônio é o lugar certo para aprender a suportar com paciência as fraquezas do próximo, a perdoar quem me ofendeu, a ouvir o outro e dar bom conselho, a corrigir quando perceber que o outro errou, a ensinar se percebo que ele está agindo assim ou assado por ignorar isso ou aquilo, a consolar o cônjuge se ele estiver aflito, a permanecer ao lado dele, etc...
Desta forma, o matrimônio se torna uma autêntica escola da misericórdia.
Padre Antônio Aguiar
É verdade Padre,a família é uma autêntica escola de misericórdia. Mas não falo isso como se assume um peso, ou um fardo inevitável... Escolhi viver em família, disse o meu sim no altar; então sei que não posso desistir de lutar, não posso fingir que não estou envolvida, não posso negar que sou responsável por parte das 'situações' que vivemos em casa.
ResponderExcluirPrecisamos agir como um médico age ao receber
um paciente: conversa (anamnese), pede comprovações e detalhes (exames), confirma com os resultados (diagnóstico), traça o tratamento e acompanha bem de perto.
Na minha família tenho acreditado que o amor é paciente e bom, tudo crê suporta e espera e que é aqui também, que devo praticar as obras de misericórdia que o Senhor Jesus me pede.
Uma abençoada semana para o sr padre...
Obrigada pela formação de ontem na missa.
Padre,realmente o matrimônio é uma grande relação de entrega e de amor
ResponderExcluirtotal de ambas as partes,é renunciar a si mesmo em favor do outro,é
compartilhar,é calar com amor,é corrigir com amor, é perdoar com amor,é
uma verdadeira escola de misericórdia ,é uma doação mútua.
Temos que ter o cuidado ,pois ninguém é totalmente coberto de virtudes,
trazemos conosco nossos defeitos.Devemos estar atentos para que não
possamos exigir do outro somente atitudes de perfeição,porque cada um
de nós tivemos uma criação diferenciada do outro e devemos assim
respeitar e até mesmo corrigir quando for preciso.Creio que a presença
de Deus em uma família é indispensável, pois nos ajuda a reconhecer que
o outro precisa de nós,para que possamos trilhar um caminho de
santidade juntos.
Dizer o nosso sim no alta é fácil,mas na convivência que percebemos que
o casamento significa "casar mentes" isto é compartilhar pensamentos,
atitudes, amor, fidelidade, respeito, para que o nosso sim se
concretize mutuamene em busca da perfeição.
Sua benção e que Deus abençõe sempre a sua vocação e as sua palavras
que nos toca tão profundamente.